domingo, 31 de julho de 2011

CADÊ MINHA MEMÓRIA?


O ESTRESSE E A MEMÓRIA

Claro que uns mais e outros menos; nós sempre tivemos algum problema com o ato de lembrar-se ou memória.

Muita gente conhece a história da netinha que perguntou á vóvozinha: Vó o que é amante? – A senhora saiu em desabalada carreira para o porão; abriu um armário; e, pum, caiu um esqueleto no chão.

Estamos ficando cada vez mais desmemoriados, a ponto de levarmos as gafes na brincadeira. Ás vezes uma pessoa conhecida vem se aproximando e não lembramos do seu nome; ela vem chegando e o nome não; mas, breve vai ficar difícil lembrar o próprio nome.
Atualmente novos problemas parecem estar associados ao desgaste da capacidade de fixação. Distúrbios do sono. Medo e ansiedade fora do controle levando ao estresse crônico – além do excesso ou sobrecarga de informação. As informações dos tempos modernos chegam até nós através dos mais variados meios: jornal, revista, rádio, televisão, cinema, fax, carta, e-mail, internet, escola, cursos, etc... Muitas vezes essa avalanche de informações superam nossa capacidade de reter de forma eficaz a situação.
Essa dificuldade de reter e, conseqüentemente, de memorização tem muito a ver com o estresse por excesso de estimulação e solicitação, até através do entretenimento.

Mas, nem tudo é ruim; pois em curto prazo, o estresse até habilita nosso cérebro a reagir mais prontamente aos estímulos, sendo essa a função primária da ansiedade do estresse. Em longo prazo, entretanto, o desgaste supera a eficiência.
Algumas pesquisas na área do estresse calculam que, ao fim de cerca de 30 minutos, os hormônios do estresse (adrenalina e cortizona) começam a desativar as moléculas que transportam glucose para o hipocampo, deixando assim essa parte do cérebro com pouca energia. Depois de períodos mais longos, os hormônios do estresse podem acabar comprometendo seriamente as ligações entre neurônios e fazendo o hipocampo reduzir ao máximo sua ação, tal como uma espécie de atrofia funcional. Esta espécie de atrofia funcional é reversível se o estresse for curto, mas um estado de estresse que demora meses ou anos, pode acabar inutilizando definitivamente neurônios do hipocampo.
Quem garante a eficácia da memória, indiretamente da consciência que se tem do vivenciado, é um atributo automático do hipocampo, portanto, havendo dano dessa estrutura cerebral a capacidade de fixação da memória estará prejudicada.

Muitos outros fatores, como a ingestão de subsâncias tóxicas e até de alguns fármacos de uso contínuo estão levando as pessoas ao desastre da memória criando uma nova doença parecida com Alzheimer.

Ainda bem que a maioria de nós não vai precisar ficar vistoriando armários; mas cuidado para não esquecer crianças dentro dos carros, fogão ligado, ferro de passar roupa ligado; pois, além da perda de memória temos o problema do Déficit de Atenção embutido no mesmo pacote.

Solução?
É possível; mas não será com remédios mágicos.

Namastê.

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