sábado, 18 de dezembro de 2010

COMO PROVOCAR UM ESTADO ALTERADO DE CONSCIÊNCIA

Para muitas pessoas viver uma vida normal está se tornando um martírio; não são raras as que estão á beira de uma camisa de força física ou química.
A dificuldade começa em definir o que seja um estado de consciência normal.
Normalidade representa a maioria?
Um sujeito normal num manicômio é um maluco?
E quem ainda não é ou não se considera? – Vive um estado anormal?
A maneira mais segura de entender o conceito de estado alterado de consciência, talvez seja usar como padrão de referência, a forma costumeira como uma pessoa percebe seu mundo interno e seu contacto com a realidade; confrontada com sua postura “anormal” num determinado momento.
Prevenir é sempre melhor que remediar.
O auto-diagnóstico deve ser exercitado sempre – um dos mais simples é o auto-questionamento, muito usado por sábios e mestres.
A hora de começar é sempre já.
Qual o grau de contato que minha consciência mantém com a realidade, neste momento?
Apresento alguma alteração de consciência do tipo: Depressão; Angústia; Síndrome do Pânico; TOC; Medo Mórbido; Transtorno de Ansiedade; Idéias Fixas e outras?
Há quanto tempo?
Tenho noção do modelo de mundo interno que construí?
Qual minha representação interna da realidade?
Meu mundo interno está adaptado à realidade/verdade?
Como anda minhas emoções e afetividade?
É fato comprovado que nos transtornos emocionais a capacidade de adaptação e a de representação da realidade estão comprometidas. Observe uma pessoa apaixonada; ela perde a capacidade de avaliar os efeitos futuros das ações em curso; até que se cure da paixão e recupere a cognição, ela está num estado de consciência alterada.
Nesta conversa o que interessa é a possibilidade de promovermos a adaptação e automatização de um estado alterado do nosso padrão habitual de consciência, usando de forma deliberada a cognição (atenção, pensamento, abstração, indução, dedução), buscando uma vida e um futuro melhor.
Não nos interessa, hoje, os estados alterados de consciência fora dos nossos sentidos físicos, como os produzidos pela meditação, uso de drogas e ritualísticos; até pelo fato de serem temporários e fugazes, possibilitando uma perigosa fuga da realidade para a maioria dos posicionados em 3D. Somos adeptos da colocação de um grande Mestre: “Somente a Verdade vos libertará” – a Verdade é espelho da Realidade. Para a maioria de nós, o caminho da sanidade ou felicidade é o retorno do estado de consciência á Verdade/Realidade através da lei cósmica do trabalho.
A idéia básica é tentar unificar e organizar todas as nossas sensações com todas nossas experiências enquadradas nas leis da ética cósmica.
Questione-se, cobre-se; mas, sempre com bom humor, alegria – pois, a vida é uma eterna brincadeira; mas, muito, MUITO SÉRIA...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

NUTRENROLAÇÃO E A DIETA IDEAL

O animal, do nascer ao morrer sabe com absoluta precisão: o que, em que momento, e o quanto deve comer.
Em circunstâncias naturais sua dieta é sempre a ideal. Sem possibilidade de errar. Porém sem muitas opções de escolha; o cardápio é seu habitat.
Para os que estão sujeitos aos padrões de atitudes automatizadas pela evolução das espécies todos são capazes de comer o necessário, exatamente o que precisam, sem que saibam que gosto, que tipos de nutrientes ou mesmo que tipo de “venenos” o seu alimento contém. Simples, quem não está apto a escolher, ainda não é capaz de errar.

Para as criaturas que já podem pensar; mas, tem dificuldade em fazê-lo, o livre arbítrio pode tornar-se uma perigosa e até mortal armadilha dietética.
Num mundo dominado pelas “tranqueiras” a dificuldade cresce em progressão geométrica. Pois, para quem já é capaz de decidir o que saborear, a situação pode tornar-se ainda mais deliciosamente indigesta.
Como a liberdade é relativa à capacidade já desenvolvida de pensar e de escolher. E sendo nossa vida interativa e comunitária, ninguém vive só; nossas relações são de interdependência, e até em certas fases, dependemos uns dos outros. Então: Se decidir o que, em que momento, e quanto, eu posso comer já é complicado, pior ainda, é ter que fazer isso para outra pessoa como ocorre na nossa infância. Como pais temos que decidir, o que, em que momentos e o quanto as crianças tem que comer para crescerem fortes, saudáveis e felizes.
Será que nossas escolhas serão determinantes para formar-lhes o padrão de hábitos alimentares para o resto da vida?
Até certo ponto sim, mas a sorte é que eles podem modificar futuramente os hábitos adquiridos na infância; quando se capacitarem; e, se o desejarem.

Reformar, mudar: nesse ponto, surge um novo problema.
Se não sabemos com clareza como e porque mudar nosso hábitos. Se o conjunto de motivos capaz de nos levar a fazermos isso; não está bem definido, cria-se um conflito que parece sem solução. Pior, quando torna-se uma obrigação. Reciclar sob pressão da doença ou do sobrepeso, torna-se algo penoso e desagradável.

A mudança de hábitos ideal é aquela que é feita segundo uma opção clara e lógica. Executada segundo a vontade do interessado e com alegria e prazer. Faço porque quero. E sei porque o desejo.
A soma dessas dificuldades ou nutrenrolação é que no leva a repetir o mesmo tipo de dieta geração após geração.

Nesta midiática Era, de forma destrambelhada milhares de pessoas buscam a dieta ideal, e os motivos que as impulsionam a essa busca são os mais variados: para emagrecer, criar massa, estar na moda, conseguir mais saúde, viver mais, etc.

Encontrar a dieta que mais se ajuste às necessidades de cada um não é tão difícil.
O problema está em praticar a dieta; pois desejamos decretar uma dieta; quase sempre ilusórias, fora da realidade e ditada por pessoas que estão em evidência na mídia; os nutrenroladores.

Alcançar a ideal é uma conquista que pode e deve receber ajuda externa. No entanto, praticar uma dieta imposta por outra pessoa é de certa forma abdicar de uma condição que nos diferencia: a capacidade de decidir e de escolher com alegria e com prazer; além disso, como seres humanos temos coisas mais importantes a criar e a fazer; do que ficarmos pesando o que vamos comer ou medindo calorias.

A dieta ideal é simples, fácil de ser praticada e gratuita.

Quer engordar, emagrecer ou tornar-se saudável?
Pergunte ao seu corpo.
Sim ele fala, às vezes, o coitado tem que gritar, berrar sob a forma de mal estar, dor – não dê um cala boca que não te perguntei nada; nele.

Pára de tomar remédio e ouça o que seu organismo tem a dizer.

Continua.