sábado, 4 de setembro de 2010

MILAGRES DE BACIADA

MILAGRES DE BACIADA

Milagre é tudo que nossa santa ignorância não compreende.
Na essência das leis universais milagres são acontecimentos não compatíveis com a lógica cósmica.
Exemplo:
Na qualidade de órfãos do milagre econômico deveríamos ter aprendido a lição; e trazido essa falta de fé em milagres para nossa vida econômica pessoal, melhor gerenciada.

Mas:
Nada melhor para nos fazer pensar a respeito de milagres do que a possível cura das doenças do dia a dia; sejam nossas ou dos nossos – pois, somos obrigados a compartilhar – Ninguém está imune, pois já teve ou terá, um familiar com câncer, Alzheimer, diabetes e outras doenças de co-dependência.

Nesse quesito da busca dos milagres; quando a coisa aperta pro nosso lado:
Buscamos a cura milagrosa, mas como a doença é criação humana e não Divina; comete grave infração à lógica quem solicita a Deus sua cura sem a contrapartida da mudança do modo de viver; isso, equivale a pedir perdão; a brincar de – “desculpa Papai do céu que não faço mais”.
Perdão é apenas intenção e não atitude; que nada é; enquanto não seja concretizada. Em se tratando de doenças, é preciso cuidado para evitar a busca do miraculoso, da cura sem responsabilidade, da saúde sem compromisso de elevação moral.
É tempo perdido e sofrimento desnecessário ao atrasar a vida própria e a de todo mundo. Saúde ou doença é questão de filosofia de vida, de livre-arbítrio que determina saúde ou doença, viver ou morrer, quando e como morrer; não é questão de sorte, azar, destino, Deus quis ou deixou de querer. É preciso deixar o conceito Deus em paz; pois, há milhares de anos Moisés deixou um aviso a respeito do uso preguiçoso da inteligência atribuindo a Deus o que nos compete executar. - “Não utilizar seu santo nome em vão”. Todos somos capazes de extrair desta frase conceitos amplos e atuais, basta refletir.
Quando busca-se a cura apenas na pura intervenção dos recursos da medicina também pede-se perdão; ou pior tenta-se comprar o perdão no contexto do consumo.
Na busca da cura definitiva, quem vislumbra a verdade assina compromisso com ela; portanto, negar fatos reais vividos, é assinar um contrato com o sofrimento; que será cumprido letra a letra.
Em todas as áreas do viver, é falta de responsabilidade delegar a outros; escolhas que sempre nos trarão conseqüências futuras.
No contexto da manutenção da nossa saúde; além da ajuda externa necessária; devemos buscar soluções próprias e definitivas.
Requisitos da realização da cura: desejar é vontade ativa; mas é preciso saber desejar; ou trabalho persistente; que termina em merecer; que, é a resultante de todos esses fatores.

Milagres são apenas bolhas no tempo; sejam pessoais, sociais e de conjuntura econômica.

Nesta fase tão acelerada do planeta – causa e efeito começa a sair na mesma foto – cuidado, muito cuidado.

Inventemos os próprios milagres – afinal somos deuses...

E atenção, os santos, mentores e outros estão por aqui com nossas criancices e nos dizem: Quem te curou foi tua fé! – Mas, manter a cura é questão de trabalho!

Dica de santo:
O que é a fé?
- Apenas foco.

Porque apenas conseguimos resultados milagrosos quando estamos no fundo do poço; na lama?
Questão apenas de foco; pois, nesse momento não colocamos nenhuma condição; temos absoluta certeza do que queremos – mas, quando no bem bom – somos vítimas das marcas de milagres; daí, não conseguimos nada – apenas o que merecemos e precisamos.

Chega de: Aí meu santo! – Aí meu Deus! – Me socorre!
O saco de milagres dos santos está cheio...

Façamos nossos próprios milagres acontecerem.

Pois, a época dos milagres de baciada já era...

Um comentário:

  1. Para refletir.
    Se tiveres ojeriza por ateus não se preocupe, quando morreres estará livre desse peso, pois lá no céu não encontrará nenhum deles.

    Todos os religiosos querem desfrutar das delicias do paraíso, mas ninguém está contando os dias e com pressa de chegar lá.

    O paraíso prometido para os religiosos é um loteamento clandestino, feito por corretores inescrupulosos sem a autorização do Creci.

    O religioso esperançoso compra o direito ao paraíso com dinheiro vivo (dizimo) sem saber sua exata localização, após a morte terá que encontrá-lo sozinho sem mapa ou qualquer tipo de endereço.

    O paraíso é um lugar engraçado, todo religioso acredita que ele existe, mas não sabe onde fica e nem sabe quais suas características físicas, isso nem os mais renomados teólogos explicam.

    No céu estão os bonzinhos, no inferno os ruins, no purgatório ficam os que parecem com gato fugindo do cachorro, estão em cima do muro.

    Jamais gostaria de ir para o céu, pois lá eu me sentiria muito solitário, estaria longe dos meus amigos.

    Os empreendedores fazem pesquisas para encontrarem as respostas e saber qual o sentido da nossa vida na terra. Os acomodados as buscam nas igrejas, é mais cômodo e menos cansativo.

    A fé em Deus que muita gente tem, enfraquece quando a doença lhe arrasta para um hospital, e se extingue totalmente quando a morte vem completar o serviço.

    Quem sai ileso em um trágico acidente, rapidamente agradece a Deus, e quem morre ao lado do sobrevivente, seus entes queridos devem agradecer a quem.

    Paulo Luiz Mendonça.

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