domingo, 22 de janeiro de 2012

MANEIRAS DE RESOLVER CRISES CONJUGAIS







Vida de médico de família é complicada; não desejo isso a nenhum estudante de medicina; talvez por isso sejamos tão poucos a enfrentar essa “barra profissional”.

Mas confesso que nesta vida, desta vez eu não saberia fazer outra coisa - e que estou impressionado com a intensidade e a velocidade com que os problemas de relacionamento na vida conjugal têm surgido; e pior, ás vezes eu sou obrigado a tentar ajudar; quando não consigo resolver a contento nem os meus.

Neste final dos tempos até os relacionamentos vivem seu “Armagedom” – a batalha final – decisória mesmo; definitiva talvez; pois; na nossa precária condição de consciência – nunca se sabe.
Questão de continuar nesta escola ou sofrer transferência para mundos mais primitivos (mais primitivos?).

Mas começo com a questão que deveria finalizar o bate papo:
Fica a pergunta: Quem é o inimigo a ser combatido? Nós ou os outros?

Viva a crise:
Em certas situações e momentos chegamos á conclusão que algo deve terminar – em vários artigos e crônicas dos nossos bloogs colocamos esse importante assunto em foco, suas causas e efeitos – hoje o que nos interessa é apenas o que fazer com a crise conjugal: a vaca já foi pro brejo – o que fazer para tirá-la de lá – ou não (que crueldade)...

Retiramos do livro: Saúde ou Doença: a escolha é sua alguns tópicos para serem analisados.

Como toda crise - a conjugal (hoje, não mais precisa ser formal; e muito menos entre gente de sexos opostos – pode parecer estranho) - merece resolução e várias são as possibilidades.

Dentre elas:

Resolução total:
O amadurecer dos envolvidos é concomitante. Aprendem a amar-se. Equilibram razão e emoção com aceitação e respeito mútuo – viram “amigos para sempre”.
Tenho alguns casos no consultório onde isso deu certo; e essa saída menos traumática vem aumentando.

Resolução parcial:
Apenas um percebe a necessidade da relação harmoniosa, quase sempre cede e renuncia em favor do objetivo. Tenta desenvolver aceitação plena do outro. De tanto ceder; cede lugar a um câncer de mama, de próstata e similares.
Nessa fase se encontram a maioria dos meus pacientes e amigos – ontem recebi a ligação de um deles que me expôs o problema que em virtude de conhecer os dois lados; sabia inevitável – esse tipo de situação merece mais bate papo; mas, aqui não é hora nem momento.

Resolução adiada concordante:
Ambos concordam em desfazer o relacionamento sem mágoas relevantes e ressentimentos; claro que sem levar em conta os em torno; evidente que sobra prá todo mundo e para a felicidade e manutenção dos interesses de todo tipo de terapeutas. Os herdeiros da família desfeita sempre vão arcar com conseqüências; inevitável.

Resolução adiada discordante:
Ainda a mais comum e causa de todo tipo de desatino na evolução e que pode levar milênios de reparação.
A decisão de separação é unilateral; o que gera mágoas relevantes; ressentimento; às vezes desejo de vingança e sofrimento, seguido de somatização nos envolvidos; o que sempre gera débitos a serem corrigidos no futuro; e lógico, também pode originar obsessão tanto em 3D quanto em 4D e de uma para outra. Sabe aquele ditado que não há inimigo pior do que um ex – alguma coisa?
Lembra da fala de Jesus: Aproveita e reconcilia-te com teu inimigo enquanto estás a caminho com ele? – e melhor que seja tudo resolvido em 3D; pois quando os inimigos passam para 4D a coisa fica feia para o nosso lado que aqui ficamos – seja pelo fato de não enxergarmos os inimigos que fazem a leitura de quem somos; quanto pela sua turma espiritual – resultado: estamos ferrados.

Resolução temporária:
Resolvem os parceiros aguardar a ação do tempo; seja de forma estudada e inteligente ou preguiçosa no andar da carruagem – daí; apenas com essa atitude de parar para pensar de forma ativa ou passiva, superam de forma superficial e temporariamente as pendências por motivos os mais variados.
Algumas vezes, essa escolha é seguida de maturidade gradativa das criaturas; e de forma meio mágica, a situação pode evoluir para a resolução total ou parcial, concordante.

Um fato inevitável:

A SEPARAÇÃO

Esse assunto decorrente da crise “conjugal”; mereceria um estudo mais aprofundado numa outra crônica ou num bate papo; caso as pessoas que vivem esse drama se mostrassem interessadas – mas como é um tema que atinge apenas minorias; fica para outra hora...
Apenas vamos ficar na superfície das coisas como a maioria gosta.

Meu amigo que estava pensando em se separar recebeu um conselho de outro amigo praticante da Seicho-no-ie que assino em baixo: fazer sua parte; amar e dar uma chance á outra parte de tentar recomeçar.

Assinei em baixo e apenas ofereci o básico para re-começar:

Desfazer é mais doloroso do que começar.
Recomeçar é mais difícil do que iniciar.
Nunca mais será a mesma coisa segundo nossa forma de ver, pensar e sentir em 3D.
A primeira vez é sonho, expectativa; desmanchar é frustração.
Mas como o universo e a criação apenas conseguem manter-se na recriação: o conceito de criar eternamente é uma farsa, nada divina.
Quando a relação entre duas pessoas não deu certo; mesmo que aparentemente elas fiquem bem; os outros envolvidos podem ficar muito mal: amigos, conhecidos, familiares e principalmente os filhos; caso existam nesta dimensão da vida.

Separar é contrariar a Lei?
Agrupar, aceitar, compreender, é amar, viver?
Está desfazendo sua relação ou a está recriando?

Caso se interesse por temas ligados á vida:
Bem vindas formas de ver, sentir.

Melhor deixar prá lá...

Em tempo:
Não sou conselheiro; já estou vacinado.
Apenas um reles mostrador de opções e ALGUMAS das possíveis conseqüências...

Namastê.

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