sábado, 22 de janeiro de 2011

O SISTEMA DE CRENÇAS ADOECE E MATA



Século vai século vem e as atrocidades praticadas em nome de Deus continuam cada vez mais sutis ou tão escabrosas quanto em tempos antigos. É urgente desumanizar o conceito Deus.

Pela falta de reciclagem do sistema de crenças, o pensamento mágico de crer em sorte, azar, destino e perdão sobrenatural; nos mantém num patamar de agressividade e insanidade incompatível com o momento presente da humanidade.
Estamos condicionados a imaginar que a violência não gera violência segundo o dogma que Deus tudo perdoa para quem crê Nele; quando na realidade Ele nada premia nem esquece sem que reparemos o mal feito.

Usando como desculpa os dogmas e as crenças tentamos camuflar de todas as formas a agressividade e a morbidez na tentativa de enganar as leis da vida. Usamos o conceito Deus como álibi para os efeitos danosos, tanto em nossa vida quanto na dos outros, das nossas escolhas contrárias ás Leis Cósmicas que se confundem com a própria Divindade.

Pode parecer estranho o conceito de maturidade religiosa.
Mas, apenas para quem a imagina como questão de crer ou não, em determinado conjunto de dogmas e de verdades ditadas por alguém e atrelada aos interesses desse alguém e seus prepostos. Na verdade não é; pois a maturidade ou a falta dela envolve todos os aspectos da nossa vida.

Religiosidade, é impulso natural latente e inconsciente que, necessita de maturidade mental, afetiva, emocional e social, para que não se expresse em insanidade, doença ou violência; através da religião.
Exatamente por necessitar de um razoável desenvolvimento das outras partes; apenas na atualidade estamos em condições de entender seu verdadeiro sentido; que se traduz num tipo de ecumenismo, que será uma ferramenta útil para ajudar na diminuição de doenças físicas e mentais, da violência e da agressividade latente.

Cabe aos adultos a reciclagem da sua visão de mundo, incorporando o que é bom, lógico e sensato contido em todas as filosofias e crenças, para que se torne uma pessoa melhor, mais madura, mais evoluída.

Tudo que começa corretamente mais cedo dá melhores frutos:
É necessário que a criança seja estimulada a desenvolver sua religiosidade de forma crítica, inteligente e consciente.

O que a religião tem a ver com saúde?
Muita coisa. Conforme colocamos em nosso livro: Saúde ou doença: a escolha é sua (Ed.Petit).

Nosso comportamento religioso é esquizofrênico muitas vezes.
Exemplo: Neste final de ano as pessoas se cumprimentaram desejando algo de bom ao outro. Quantas vezes ouvimos o bordão religioso: Que Deus nos dê saúde! É só o que precisamos; com relação ao resto a gente se vira! – Isso, enquanto o sujeito já tinha tomado seu omeprazol, sal de fruta, engov e outros bichos digestórios e estava se empanturrando de comida e bebida.

Se houver um mínimo de discussão que leve á maturidade religiosa responsável; nós cometeremos menos barbaridades nos atos de fé desse tipo.

É urgente que na construção de nossas doenças e na da cura definitiva, nós deixemos o conceito Deus em paz – para que todas as doenças desapareçam do planeta.

Namastê.

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