sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A ÚLTIMA PALAVRA É DO PACIENTE




Estava eu todo prosa, e com uma pontinha de orgulho humano, relatando ao meu amigo ET nosso avanço na relação entre médico e cliente; eu explicava que na atualidade existe uma forte tendência para que a última palavra a respeito de um procedimento médico seja a do paciente – a meu ver essa atitude sinaliza que estamos progredindo em responsabilidade e consciência.
Ponto para nós!

Ele parou, pensou e veio com esta:

Sabe de onde se originou esse exercício do livre arbítrio de vocês?
Não?
É Simples.
Observe no seu dia a dia; chega uma pessoa para ser atendida; você questiona:
O que acontece?
O que está sentindo?
- E o paciente começa a relatar:
- Meu sono está complicado; dói: as costas, o pescoço, a cabeça, o ombro, o joelho, o quadril; ando sem ânimo; cansado; o colesterol está alto; a pressão sobe e desce; estou meio depressivo; irritado; meu nariz entope e escorre direto; e outras coisas mais; que deixo para outra vez.
Você que não é bobo nem nada; logo responde:
- O que está incomodando mais?
- Por onde quer começar o tratamento?

Entendeu o principal motivo da última palavra a respeito do tratamento ser a do paciente?

Mas não é tão simples assim:
Se o paciente tem dores no corpo e não consegue dormir – ele não consegue dormir porque tem dores no corpo ou tem dores porque não consegue dormir?

Rsss de ET.

Namastê.

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