Para quem adotou o estilo moderno de viver o dia precisa de trinta ou quarenta horas para que os velhos e novos compromissos possam ser atendidos.
Há várias explicações a respeito da sensação de vida acelerada.
Muito já se falou e escreveu sobre o assunto, mas o fato é que ouvimos e lemos sem compreender realmente. Muitos nem quiseram ouvir falar no assunto, outros fingiram que não era com eles e cada um do seu jeito ignorou o tema; ao que tudo indica, um grave erro.
Viver no presente baseado em conceitos de ontem, sempre foi possível até alguns poucos anos, pois o fluxo dos acontecimentos era relativamente lento; daqui em diante, isso pode representar um perigo para a qualidade de vida e até para a própria existência.
Muitos estão travando, literalmente travando em vários aspectos da vida, dentre outras coisas, por não entendermos o conceito tempo, senão segundo uma visão linear.
Calendário e relógio marcam um espaço de tempo convencionado e não absolutamente real.
A cada dia que passa temos a sensação de que a passagem do tempo se faz mais rápido do que antes.
Em parte, para entendermos as razões disso, basta agregar à nossa forma linear de perceber o tempo, alguns conceitos que nem são tão novos assim (Em 1905, Albert Einstein publicou a sua Teoria Especial da Relatividade).
- O tempo não é linear, nem absoluto. O tempo é relativo.
Não se pode falar de tempo ou de espaço, mas de espaço/tempo.
Tempo e espaço são elementos para descrever fenômenos.
O tempo depende da ordenação por um observador de uma série de eventos.
Dois observadores diferentes que se movem a velocidades diferentes podem ordenar as experiências de forma diferente e até invertida. Dia destes, atendendo a uma paciente que reside no interior do Piauí, ela disse: Não vejo a hora de voltar prá minha terra; pois, o tempo aqui passa muito depressa.
Para ordenar nossas vivências mais antigas e tentar compreender as em andamento, podemos conceituar que o tempo real seja a experiência em andamento. Desse modo podemos agregar a parte subjetiva; pois em se tratando de vivências o estado psicológico e afetivo do observador pode mudar a percepção do tempo decorrido; e a forma de ordenar os eventos para medir o tempo também é subjetiva. Depende da interpretação do observador. Exemplo, se estou feliz o tempo voa, se triste o tempo não passa...
Além disso, algumas teorias e comprovações mostram que na realidade estamos vivendo num dia de 15h e a previsão é que até março do próximo ano estejamos vivendo num tempo real de 13h.
Ao que tudo indica isso não é nem bom nem ruim; pois, como a morte e a justiça natural, a aceleração não escolhe nem seleciona – Será? O fato é que tudo está sendo antecipado e como predomina em nossas vidas os aspectos negativos de maneira geral; as previsões não serão muito otimistas. Imagine que tenho no meu código genético a possibilidade de surgir um câncer com 70 anos, ele deve se manifestar com 50, se for o caso. E por aí a fora...
Através das capacidades já desenvolvidas e da qualidade das escolhas - Estaremos nos selecionando? - Como numa daquelas máquinas de separar grãos: seres humanos tipo 1 para cá – seres humanos tipo 2 para lá – os tipo 3 mais á esquerda – os tipo 4...
Algumas questões são intrigantes:
Vamos morrer antes do previsto?
É possível gerenciar o tempo?
A afirmativa de que podemos criar tempo ou arrumar tempo, é verdadeira? É possível arrumar tempo para tudo?
A resposta é...
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
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