Vai um chocolatezinho aí?
Vivemos na Era da ansiedade e do medo mórbidos; num mundo acelerado e com conflitos mil.
Como nós não tivemos educação para superar as naturais frustrações, geradas especialmente pela ciranda dos valores determinados pela mídia e pelo marketing – e, a educação não passa de mera instrução mal executada; não fomos preparados para viver a vida – Vacinados contra doenças físicas nós até fomos demais - Mas, ninguém se preocupa com a vacinação ético-moral; daí, as epidemias de violência, roubos, desfalques, prevaricação; e outras doenças da ética.
Os próprios adultos se encarregam de viciar os filhos tanto em coisas ilícitas quanto nas legalmente lícitas; mas, segundo a ética cósmica, mesmo essas, são crimes graves.
Vamos falar apenas do efeito rebote em remédios e comida.
O efeito rebote dos remédios está ficando cada vez mais na mídia; por esse motivo não iremos nos alongar.
As pessoas não mais conseguirão usá-los de forma contínua; especialmente crianças e jovens. Exemplo, eu tenho recebido no consultório pacientes com graves crises de alergia ao antialérgico que sempre tomou. O uso constante de descongestionantes nasais; e o de analgésicos; serve para ilustrar.
Pela sua importância maior a cada dia e pelo perigo que pode representar o uso corriqueiro e contínuo de remédios; aconselhamos ás pessoas que procurem se inteirar do assunto.
Efeito rebote na dieta.
Geração após geração, não tivemos permissão para sair da fase oral.
Até mais ou menos os dezoito meses tudo vai á boca; pelo fato de buscarmos prazer na mucosa dos lábios e da cavidade oral.
É dado um valor tão grande ao ato de comer que os adultos não superam essa fase; em alguns esse problema é mais intenso; daí, essas pessoas não abandonam a chupeta do adulto (hábito de mascar chicletes). Nesta época de tudo a mil, inclusive conflitos e frustrações – Onde as pessoas vão buscar prazer? – Na comida.
As pessoas comuns (nós) a cada dia têm mais dificuldade em produzir uma quantidade adequada de Serotonina; um neurotransmissor; uma molécula envolvida na comunicação neurológica. Ela tem um importante papel na qualidade de nosso humor, nos faz sentir mais relaxados, calmos e menos preocupados.
Por que não produzimos a quantidade de serotonina necessária?
Dentre outras coisas:
- Sedentarismo – durante a atividade física produzimos serotonina em apreciável quantidade; aquela sensação de prazer após uma atividade física é explicável também dessa forma.
As crianças da atualidade estão com a vida complicada; devido á ganância das últimas gerações de adultos; elas estão sendo criadas em regime de confinamento e de engorda. Não há espaço público para que possam usar o corpo; além disso, elas são submetidas a estímulos mil (meio que no estilo de estressar os boizinhos para que engordem logo e a carne fique macia) – dá para entender os motivos que leva as crianças de hoje a darem impressão de estar ligadas no 220v o tempo todo; elas precisam, dentre outras coisas, produzir mais serotonina e lançam mão da hiperatividade para tanto. Quando são colocadas a usar o corpo sobra o esporte; mas, os adultos logo as obrigam a não faltar; pois estão pagando – também logo são colocados para competir ou fazer as tais das apresentações. Detalhe: estudos provam que o corante vermelho 40 usado em muitas guloseimas infantis provoca hiperatividade nas crianças.
- Constipação intestinal – O intestino é o segundo cérebro. O ideal e facilmente atingível é evacuar após cada refeição. Lembram do termo: pessoas enfezadas? – As cujo intestino não é exonerado de forma conveniente costumam ser mais irritadas. Intestino lotado de toxinas e radicais livres produz bem menos serotonina.
- Pobreza de objetivos de vida saudáveis – Pessoas alegres e motivadas produzem mais serotonina; que as mantêm em equilíbrio mais estável, e assim sucessivamente.
- Dieta errada – Alimentos ricos em triptofano que é um aminoácido precursor da serotonina são essenciais para ajudar na estabilidade do humor e do organismo.
Os níveis de serotonina oscilam durante o dia e em certos períodos da vida. Exemplo, fases de conflitos emocionais e afetivos; luto; perdas; menos valia. Já se perguntou por que algumas mulheres de TPM ou quando deprimidas correm em desespero atrás de comer carboidratos (pão, massas, doces e chocolate? – Além do processo da fase oral; ainda associamos esses alimentos ás sensações de prazer, prêmio e de aconchego materno. Além disso, certos estudos mostram que os carboidratos acalmam o cérebro – e quem diria; isso se tornou um problemaço.
As pessoas se sentem o máximo ao afirmar que são chocólatras; dizem de boca cheia, com muito gosto – mal sabem o que as aguarda em cada dia mais breve futuro. Outras sempre se dão de presente um docinho; como compensação ou para tirar o gosto amargo das frustrações mal elaboradas.
Não agüento mais!
A sensação de cansaço após uma realização útil e prazerosa é reconfortante, pois basta apenas um descanso para o corpo e a mente para que as energias sejam renovadas: estamos prontos para outro desafio de viver. Porém: quem se queixa de cansaço permanente: Não gosta do que é, nem do que faz. Ou está fazendo tudo da forma errada.
Inútil até. O estresse inútil comanda a vida das pessoas cansadas, tristes ou desalentadas de forma crônica, que logo se transformam em depressivas, angustiadas ou em pânico.
Quase mortas, em vida.
Muita gente, cada um do seu jeito, anda se queixando que está esgotado e, que não agüenta mais levar essa “sofrida vida”, esse calvário, nem mais um dia.
Esse estado de sentir-se é um coquetel de emoções: uma mistura de desalento, tristeza, angústia, ansiedade, insatisfação e medo. Resumindo: frustração mal elaborada somada a um processo de neurastenia – somado ao efeito rebote do uso diário e excessivo de carboidratos e de chocolate.
Vivemos na Era da montanha russa até nosso organismo entrou na brincadeira e se viciou em descargas de adrenalina e coisa e tal. A pressão arterial vai de 10/7 a 20/10 em minutos – a glicemia para não ficar atrás vai de 300 a 60 em minutos – É lógico que dona serotonina não ia fugir dessa; daí que seus níveis oscilam o tempo todo – e junto com ela nosso humor e disposição.
Esse processo não é a vida tirando uma com a nossa cara; zoando de nossos sonhos e desejos; não.
É lei da física. Tudo que sobe desce; ora lá em cima, ora lá em baixo.
Muita gente está se acidentando feio na estrada da vida; pois caí ao mesmo tempo a glicemia e a pressão arterial; e a pessoa tem um peripaque ou um desmaio mesmo – e pronto – daí, em diante vai virar refém do medo e de mil exames.
Alguns alimentos com alto potencial energético (carboidratos e bebidas alcoólicas) favorecem a depressão física que pode e se mistura com a depressão psicológica. Dão picos de energia muito rápidos e intensos; mas, como tudo que sobe desce; depois; vão lá prá baixo; inclusive a produção de serotonina.
E se alguém descobrisse a serotonina sintética?
Seria a droga do prazer eterno? – Viveríamos espalhando alegria e motivação o tempo todo?
Somos especialistas em querer bagunçar o coreto da vida – a serotonina não é a droga da motivação, da alegria, prazer e calma – ela apenas está presente nas pessoas cujo cérebro e corpo é usado segundo o manual do fabricante.
A serotonina sintética ou não; nada mais é do que o empurrão; manter o carro andando é obrigação do motorista.
Dica:
Para manter os níveis de serotonina é importante nos libertarmos da educação recebida. Disseram e nós acreditamos que não é possível viver sem problemas; daí gulosos como somos; nós os criamos aos montes – e pouco honestos, ainda nos apossamos dos problemas dos outros sob o disfarce do amor e dos cuidados.
Uma forma simples de manter os níveis de serotonina sem precisar de chocolate, farináceos e doces; é inventar todos os dias pequenas metas e motivos para sermos alegres – quem conseguir voltar a ser criança é uma boa pedida.
Usando o raciocínio tradicional do ser humano cabeça de minhoca: Se pão, massas, doces e chocolate engordam; será que serotonina sintética também engorda? – Será que chocolate de marca cara dá mais serotonina? – Tem diferença da serotonina do chocolate branco para o preto?
Será que esse chute dá rebote?
domingo, 30 de maio de 2010
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Ótima dica! ADorei, GUTO GUEDES
ResponderExcluirEste texto foi muito além do chocolate e seus efeitos! Uma reflexão profunda sobre o modo como vivemos e suas consequências. Fantástico!
ResponderExcluirMuito interessante... não sabia do efeito rebote com os chocolates! E eu que sou chocólatra assumida, melhor maneirar daqui em diante!
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